A Rádio: uma das minhas maiores paixões :)

Neste Dia da Rádio, não podia deixar de recordar uma das fases mais apaixonantes da minha vida... Só eu sei o quanto adorava aquilo. Só eu sei o quando amava aquela rotina, que para mim nada tinha de rotineiro embora parecesse. Todos os dias me levantava antes das 7 da manhã e voltava para casa já noite... Muitas vezes perto da meia-noite... Ou depois até... Mas nunca nessa fase da minha vida me custou levantar. Era uma emoção para mim vasculhar jornais, telefonar para uma linha da Agência Lusa, na busca de informação, na busca de notícias para elaborar os noticiários, que depois os meus colegas iriam ler...

Há 23 anos por este dia o mundo estava de olhos postos na guerra e essa azáfama era mais forte e mais emocionante. Eu adorava aquilo. Tinha que procurar notícias... E como era satisfatório ver o noticiário preparadinho para ir para os estúdio.

Fazer locução não era muito o meu forte, até porque a minha voz não suficientemente boa para isso. Mas cheguei a ter programas, sempre relacionados com Informação.

A certa altura, tudo naquela rádio corria pela minha mão: facturas, cheques, todo o trabalho administrativo... Mas era a Informação que mais me apaixonava...

Foram dos anos mais emocionantes da minha vida. Como gostava de voltar  a esse tempo :)

Comentários

  1. Bom dia, São.
    Deixei prometido, no blogue da Maria, que passaria a acompanhar este seu espaço.
    Cá estou. E logo um dia depois da comemoração do 'Dia da Rádio.

    Porque a rádio ainda é um 'bichinho' para mim. Sempre foi.
    Fiz rádio - locução em estúdio, relatos e reportagens - ao mais alto nível, segundo a concepção da época.
    Compreendo-a, portanto.

    Se bem que a rádio do presente não seja a mesma coisa. Com raras e honrosas excepções, a rádio está transformada numa 'juke box' onde a figura do locutor/apresentador/animador perdeu a magia de outrora.

    Fazia-se comunicação, interagia-se.
    Muito bom. Foram anos de pura maravilha.

    Tal como a São, gostava de voltar a esse tempo.
    Apenas como exemplo, aos tempos em que na Rádio Comercial fazia parte da equipa do 'Fantástico'.

    A locução era o meu forte. Boa voz, boa dicção, boa colocação e algo muito diferente do que se faz na actualidade.
    Falava-se PELO microfone e não PARA o microfone. O que faz toda a diferença.

    Tenha uma boa sexta-feira.
    Cumprimentos

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    1. Olá, que surpresa encontrá-lo aqui :) . Obrigada por ter aparecido :)

      Pois é... Eram tempos diferentes... Hoje em dia a rádio pode já não ter a magia que tinha. Mas eu acho que se tivesse continuado teria acompanhado a evolução e estaria a amar a rádio na mesma. Tenho alguns colegas que continuam até hoje a fazer rádio e , ao que parece, com a mesma paixão... Foram-se adaptando , acompanhando a evolução. Tenho pena de ter deixado :/

      Uma bom resto de fim de semana para si :)

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  2. Já percebi que a São está bem acompanhada. Duas pessoas que percebem da nobre arte de "fazer" rádio à conversa. Muito bem. Saio de mansinho portanto. Apenas sei falar da parte de bem ouvir rádio. E oiço, não tanto como gostaria, mas oiço.

    Uma boa semana, São.

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    1. Olá, Maria :)
      A Maria é sempre muito bem vinda :) . A Maria e toda a gente, desde que venha por bem. Saber ouvir rádio é muito importante. De que serviria fazer boa rádio se não houvesse quem soubesse ouvir?

      Sabe que me ficaram muitos hábitos desse tempo? É verdade? Ainda hoje tenho o habito de fazer gestos quando estou a falar com uma pessoa e está um vidro no meio (por exemplo, se está uma pessoa do outro lado de uma janela e lhe quero dizer alguma coisa)... Ainda hoje também, quando atendo o telemóvel, peço para as pessoas que estão comigo se manterem em silêncio, dizendo "'tenção" (atenção), como se fosse ligar o microfone e estivessem pessoas a falar no estúdio... É engraçado :) ... bom ainda bem que não apanhei o hábito de piscar o olho ao microfone... Senão corria ao risco de ficar com o hábito também... LOL

      Uma boa semana para si também :)

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    2. Já reparou, certamente, que todos os locutores/animadores/apresentadores têm um tique quando estão em funções.

      Esses tiques são próprios do momento e, com raríssimas excepções, não os acompanham na sua vida 'cá fora'.

      Permita-me que agradeça à Maria o ter-me considerado "boa companhia".
      O que a terá levado a dizer uma coisa destas?

      Fosse o que fosse, é sempre bom sabermos que têm boa opinião sobre nós.

      Já agora, se ainda não estou no 'activo' foi porque uma intervenção cirúrgica a um tumor na cabeça, em 2006, me deixou algo debilitado.
      E 'quem vai ao mar...'

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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