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Poderá um coração amar por dois? A Europa disse que sim...Se calhar o mundo também...

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Por motivos que não vêm ao caso, nem nunca seriam chamados para um blog sobre generalidades, muito tenho pensado ultimamente sobre a questão do AMOR . Mais precisamente sobre a "lateralidade" desse sentimento tão complexo. Poderá um amor unilateral sobreviver por muito tempo? Poderá algum dia dar origem a um amor bilateral? Será verdadeira a teoria de que nos relacionamentos há sempre uma pessoa que ama e outra que se deixa amar? A ser verdadeira funcionará com todas as pessoas? Será que quem ama não se cansa um dia de amar sem ser amado? E, a cansar-se (porque me parece inevitável), será que põe um ponto final na relação, ou será que entra num estado de "deixa andar" e se acomoda, por tantos e mais variados motivos, e apenas mostra ao parceiro um estado de desinteresse e apatia? E a ser este o caso? Será esse desinteresse  genuíno ou não passará de uma derradeira tentativa de "chamar a atenção" do outro, naquela velha ideia de "A ver se assim sent

O verdadeiro problema dessa coisa da idade

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Passaram mais de dois meses desde que completei 50 anos. Não considero que esteja a ser ingrata quando digo que as únicas coisas que tenho a agradecer à minha existência são as saúde , que até ao momento tenho tido, e ter tido um filho fantástico, que infelizmente a boa sociedade a que pertenço não permitiu que permanecesse comigo além de seis anos. Algo que nunca perdoarei, até porque é imperdoável.  Perguntar-me-ão se não acho que essas duas coisas são motivo de satisfação, motivo para me sentir grata e tudo isso.Obviamente que são motivo de satisfação. Obviamente que me sentiria grata se fosse uma pessoa religiosa e assim continuo grata ao acaso por mais estranho que possa parecer esse conceito... Mas teria ficado muito triste se há 30 anos me tivessem dito que a minha chegada aos 50 seria da forma que foi: sozinha numa casa fria, a comer salsichas com um resto de pão, sem dinheiro que fosse para um pastel de nata... Para um ovo que fosse. Nas minhas lembranças foi impossível n

A violência doméstica quando é ao contrário... É diferente?

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Expressões e ideias do tipo "cada caso é uma caso" , "um mal não justifica o outro" , "são caos distintos" ou ainda, no mesmo contexto, "não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti" são considerados clichés sempre que usados. E são. Sim, são clichés. Aquelas ideias que à partida toda a gente sabe, que não são novidade, não acrescentam nada. Mas a verdade é que no dia a dia não vejo ninguém fazer uso deles na prática. Quando digo "na prática" refiro-me à forma de estar na vida, à postura perante a sociedade. As pessoas tendem em puxar a brasa à sua sardinha, ou à sardinha que lhes parece mais próxima de si e esquecem-se de ouvir a voz da razão, que lhe devia dizer que não devem olhar só para o seu umbigo Nas minhas pesquisas online pela actualidade do dia, encontrei uma notícia que dá conta de uma mulher que , simulando um assalto, matou o marido. Como é hábito também, dei uma vista de olhos pelos comentários

Grande derrota no Eurovision... Grande tragédia ou nem por isso?

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Começo por dizer que sou do tempo em que o país parava para ver o Festival da Eurovisão. Nascida em Novembro de 1968, tinha poucos meses de idade no ano dos quatro vencedores. Cresci a ouvir a minha mãe e as vizinhas dizer "Hoje tenho que fazer o jantar mais cedo, que hoje é o festival!" . Não havia também grandes hipóteses. A própria RTP 2 só chegou ao Algarve quando eu já tinha 13 ou 14 anos. A SIC e a TVI chegaram quando eu já tinha passado bem dos 20... TV por cabo só uns anos mais tarde e só lentamente foi ficando acessível a todas ou a quase todas as bolsas. Isto para dizer que não havia grandes hipóteses de escolha e eventos como o então chamado Festival Eurovisão da Canção faziam efectivamente parar o país, tal como uma final de um campeonato de futebol ou os jogos sem fronteiras, embora estes nem tanto. Era habitual Portugal ficar entre os últimos classificados, mas isso não impedia que no ano a seguir e emoção fosse a mesma. Sonhar com uma vitória era algo com

Onde está , afinal, a democracia?

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Usando a mais comum de todas as enciclopédias virtuais, a Wikipédia (tantas vezes ponto de partida para investigações mais profundas) lembrei-me de ir ver qual era afinal a definição breve de democracia , esse regime político que se diz ter chegado a Portugal há precisamente 44 anos. A definição em nada alterou aquilo que eu pensava ser a conversa fiada e hipócrita que é o que são algumas definições de dicionário. Democracia  é um  regime político  em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de  leis , exercendo o  poder  da  governação através do  sufrágio universal . Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da  autodeterminação política . Pergunto-me, mera cidadã comum, sem posses nem aptidões, onde se vê a democracia no nosso quotidiano. Onde está aquilo que o conceito à partida determina? Respondo prontamente,

Pessoas que se encostam a subsídios , invasões da privacidade e algumas farpas

Todos os dias encontramos, seja nas redes sociais, seja nos balneários, no local de trabalho ou no supermercado pessoas que criticam os chamados parasitas sociais que se encostam a subsídios, nomeadamente ao Rendimento Social de Inserção , ainda chamado de "Rendimento Mínimo" de forma ignorante típica de quem não quer evoluir porque se encostou a uma profissão na qual não tem formação há décadas nem procura actualizar-se, porque, ao fim e ao cabo, estudar para quê? e ainda humilha quem acha que os estudos e a formação contínua são úteis. Como em tudo vida, as pessoas são diferentes e vêem e vivem a sua existência de forma diferente. Haverá certamente quem se encoste, até porque se pode encostar, porque tendo em conta a família numerosa que tem, acaba por receber o mesmo que receberia se estivesse a trabalhar e não tem que pôr os (4 ou 5, para valer a pena) filhos na Cresce ou Jardim de Infância, acabando por poupara muito dinheiro (diga-se de passagem que estas pessoas at

Como a política controla as pessoas quais ovelhas em rebanho (muito mais do que admitimos)

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Há muito que não acrescentava nada a "esta coisa"... Talvez porque não haja muito a acrescentar, no sentido em que tudo o que me vem à cabeça para falar aqui (e noutros sítios) me parece para lá de cliché...  Tudo me parece demasiado óbvio, demasiado evidente para estar a escrever sobre como quem acaba de descobrir finalmente a fórmula da pólvora... O título escolhido para esta publicação não podia, mais uma vez, ser mais cliché, mais evidente, mais óbvio, e mais batido. Não há quem não saiba que a política controla tudo e todos. Controla o mundo. Somos governados por ela. O mundo gira em volta dela. Tudo é política e a tem como base. A pergunta que ainda me faço às vezes é se todos estamos assim tão conscientes e admitimos a dimensão da sua força no nosso dia a dia, na nossa vida social e pessoal. Mais precisamente nas nossas reacções e opiniões pessoais... Até que ponto são realmente pessoais? É esse o ponto. Quem me conhece sabe que é uma das minhas maiores quezíl