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A mostrar mensagens de fevereiro, 2014

A estranha sensação de ser portador da próxima senha...

Nenhum ser humano esquece o dia em que o pai morreu. Dizem que é o momento em que nos tornamos adultos e o futuro nos é confiado como a chave de uma mansão de que somos enfim herdeiros José Rodrigues dos Santos, O Homem de Constantinopla , 2013 Nada seria mais agradável para mim do que começar um post com palavras retiradas de um livro daquele escritor com quem mais me identifiquei e que mais me encantou em toda a minha vida. E toda a minha vida? Hum... Falei como se a minha vida já tivesse terminado ou estivesse a terminar. Na verdade, espero que não esteja a terminar, mas agora tenho plena consciência de que um dia vai terminar. Agora? Então? Não tinha essa certeza antes? Ter, tinha... Mas era diferente... Tudo parecia muito distante, muito longínquo, quase incerto ... Não vou falar da dor que, naturalmente, todos nós sentimos quando perdemos os nossos pais. Essa dor é um facto tão forte que seria cliché falar dela. Também é verdade que há filhos que partem desta vida antrs d

A Rádio: uma das minhas maiores paixões :)

Neste Dia da Rádio, não podia deixar de recordar uma das fases mais apaixonantes da minha vida... Só eu sei o quanto adorava aquilo. Só eu sei o quando amava aquela rotina, que para mim nada tinha de rotineiro embora parecesse. Todos os dias me levantava antes das 7 da manhã e voltava para casa já noite... Muitas vezes perto da meia-noite... Ou depois até... Mas nunca nessa fase da minha vida me custou levantar. Era uma emoção para mim vasculhar jornais, telefonar para uma linha da Agência Lusa, na busca de informação, na busca de notícias para elaborar os noticiários, que depois os meus colegas iriam ler... Há 23 anos por este dia o mundo estava de olhos postos na guerra e essa azáfama era mais forte e mais emocionante. Eu adorava aquilo. Tinha que procurar notícias... E como era satisfatório ver o noticiário preparadinho para ir para os estúdio. Fazer locução não era muito o meu forte, até porque a minha voz não suficientemente boa para isso. Mas cheguei a ter programas, sempre r

Todos os cidadãos são iguais... Mas há uns mais iguais do que outros...

Cheguei há pouco de uma reunião do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Daquelas reuniões que não adiantam nem atrasam. Onde são dadas informações que poderiam ser dadas por carta, da mesma forma que a pessoa foi convocada (logo, não havia mais despesas de Correios). Mas adiante... Enquanto se espera, ouvem-se sempre conversas, queixas... E então estava um senhor, a lamentar-se, quase ofendido, dizendo que era advogado, desempregado a receber subsídio, e que tinha recebido duas propostas, uma para trabalhar numa Bomba de Gasolina e outra para um restaurante. Ora, o senhor, dizia, de sua justiça, que as tinha recusado, obviamente, pois se era advogado, não iria trabalhar para uma Bomba de Gasolina ou para um restaurante. Bem, eu compreendo a indignação do senhor. Mas acontece que o senhor está a receber subsídio de desemprego. Que eu saiba, não se pode recusar qualquer proposta nessa situação. Ou melhor, pode-se, porque não existe escravatura, mas nesse caso, a pessoa tem que

Dez anos de Facebook - Porque esta rede social tem tanto sucesso?

No dia em que passam 10 anos sobre o nascimento do Facebook, lembrei-me de reflectir sobre o porquê  desta rede social ter tido sempre tanto sucesso e continuar a tê-lo. Afinal, porque tem o Facebook tantos utilizadores? Porque é usado por pessoas tão diferentes? Porque esses utilizadores são de tão diferentes camadas socio-culturais? A minha conclusão é que o sucesso do Facebook se deve ao facto de cada um o usar como acha melhor para si. Umas pessoas usam para desabafar sobre tudo e mais alguma coisa, outras usam para publicar os videoclips que vêem no youtube, outras usam para comentar as notícias da actualidade e falar sobre temas polémicos, outras para trocar ideias sobre livros, séries, filmes, novelas, outras para jogar jogos, outras para publicar fotografias, outras para promover uma actividade profissional, de lazer ou um hobbie, outras para um pouco disto tudo, e por aí fora. Há pessoas que vão lá todos os dias, outras vão de vez em quando, outras muito raramente. Há pessoa