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A mostrar mensagens de março, 2016

Um bem haja ao Papa Francisco

Dedico este post ao Papa Francisco. Confesso que me agrada bastante a postura deste novo chefe máximo da Igreja Católica Romana.  Confesso que esta abertura, esta mudança de mentalidade me transmite a ideia de esperança. Me faz acreditar que ainda há alguma consciência por parte de quem tem, de certa forma, onfuturo do mundo nas mãos. Não sou uma pessoa religiosa. Não consigo ser.  Por mais do que uma vez ao longo da vida tentei. Não dá. Não funciona. Poderá, eventualmente, tratar-se de uma falha minha. Ponho essa hipótese. Por essa razão, não me considero ateia, mas agnóstica. Acho que tal como na questão da sexualidade, ser religioso não é uma questão de opção, mas de orientação. Uma questão de natureza. Ou se nasce religioso ou não se nasce. E nada na minha natureza, na minha forma de ver, sentir e interpretar o mundo me dá o mais leve indício da existência de Deus. Prefiro dizer a verdade a me encostar à bengala do "sou católico não praticante". Não, não sou católic

Quando as coisas não aconteceram, nem se pensa que podiam ( efectivamente) ter acontecido...

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Faz hoje 15 anos que uma tragédia deixava o país em estado de profundo choque. A ponte de Entre-os-Rios caiu. 59 pessoas perderam a vida. 36 corpos nunca foram encontrados. A dor e o luto eram evidentes nos rostos das pessoas. Ninguém ficou indiferente. Além de ninguém ter ficado indiferente, também ninguém encolheu os ombros e disse simplesmente que tinha sido o azar, o destino. Toda a gente se agitou à procura de culpados . Já nada havia a fazer por aquelas pessoas, mas havia que punir os culpados. Afinal, um relatório datado de 1986 alertava para uma fragilidade considerável no quarto pilar da ponte e nada tinha sido feito. Tudo isto gerou uma onda de indignação que levou à demissão  de várias pessoas com cargos de responsabilidade, incluindo do então Ministro do Equipamento Social, Jorge Coelho. Isto sem contar com os insultos de que foram vítimas Jorge Sampaio e António Guterres quando visitaram o local. O julgamento dos arguidos só começou cinco anos depois e ninguém foi co

O cartaz do Bloco de Esquerda e a confusão de algumas pessoas sobre o significado de liberdade de expressão

Durante dias não se falou de outro assunto: o cartaz do Bloco de Esquerda com o slogan " Jesus também tinha dois país" dominou serviços informativos televisivos, capas de jornais, redes sociais, conversas de café e por aí fora. Parecia não haver outro assunto.  Via-se comentários completamente inflamados a afirmar que o referido cartaz constituía  uma afronta à Igreja. Havia outros menos inflamados, mas que também contestavam o cartaz. E depois havia os comentários das pessoas que afirmavam que achavam muito bem , pois pegar pela religião é uma forma eficaz de captar a atenção das pessoas e atingir os sentimentos. Essas pessoas, censuravam ainda quem criticava o cartaz perguntando onde estavam as pessoas que há um ano atrás , em defesa da liberdade de expressão, gritavam "Je suis Charlie ". Algumas das que contestavam o cartaz ainda respondiam que jamais tinham sido desses que tinham gritado tal coisa. Parece-me que há  grandes confusões na cabeça de certas pessoa