Amanhecer Tardiamente... Ou Comportamentos humanos muito estranhos

Há relativamente pouco tempo (coisa de duas, três semanas) aconteceu-me , aqui na blogosesfera um episódio insólito que me deixou a pensar.... Não propriamente o episódio, mas a forma como vi pessoas reagirem a algo de que só conheciam um dos lados. Foi isso que me fez espécie. Ainda me custa a crer que vi pessoas dizer claramente, com toda a convicção, à outra pessoa "Tu tens toda a razão" quando não leram nada escrito por mim. É curioso este comportamento no ser humano. A forma como acreditam piamente nas palavras de alguém que, à partida nem conhecem, faz-me confusão.... Mesmo que conhecessem.... Não conheciam o foco da questão... Nem podiam conhecer, porque a pessoa cometeu um erro grave: só publicou a sua versão....

Nunca fui muito de seguir blogs. A ideia não me atrai. Interesso-me por temas e se esses temas surgirem em blogs e sentir vontade de comentar, comento. Mas no dia seguinte o mesmo blog tem algo sobre um assunto que não me interessa e já não sinto qualquer interesse em comentar, nem sequer em ler... Não gosto de obrigações. Não desse tipo. Já basta as que temos que cumprir em outras vertentes da sociedade.

No entanto, não sei porquê, há uns dois ou três anos atrás calhou desembocar num blog e fui ficando. A dona do blog, verdade seja dita, escrevia algumas coisas que me despertavam interesse, tinha um registo que me agradava, na maior parte das vezes, e tinha outra característica que me agradava, confesso: tinha o hábito de responder a comentários.... Sentia-se feedback do outro lado. Isso agradava-me.

Verdade seja dita que apesar dessas características que me agradavam, havia outras que sempre achei estranhas: a autora era um bocado elitista, ao contrário daquilo que afirmava, não aceitava muito bem opiniões contrárias à sua (sei que é próprio do ser humano, mas a pessoa em questão fartava-se de afirmar o contrário, apesar das atitudes não o demonstrarem ). De vez em quando vinha com uma conversa estranha de que estavam a querer destruir-lhe o blog, acabar com ele.... Confesso que pensei muitas vezes "Mas por que raio tanta gente há-de querer acabar com o blog de uma ilustre desconhecida?" ... Mas era curiosa uma questão: jamais mostrou provas , tais como comentários ou emails recebidos que realmente mostrassem essas tão terríveis ameaças de que falava.Nunca vi nada. E, se é verdade que não era obrigada a fazê-lo, também é verdade que, optando por não o fazer, também não tinha por que dar tanto ênfase à suposta questão. Ao fim e ao cabo defendia-se publicamente de algo que não era público... O que é, no mínimo, estranho...

Outra coisa que sempre me causou uma certa desconfiança e estranheza era o facto da autora fazer grande questão de, dizendo-se uma pessoa humana e escrevendo essencialmente sobre assuntos reais da nossa sociedade, estar constantemente a dizer que fazia grande distinção entre o que era real e o que era virtual, sendo que dizia que as nossas conversas ali eram virtuais.... Já muito falei sobre essa questão e não queria alongar-me demais, até porque o foco do post não é esse. Mas , à partida, virtual considero os jogos de palystation, ou a farmville... Agora, escrever sobre assuntos que realmente acontecem na sociedade, atitudes de pessoas reais e dizer que está a falar no mundo virtual é um bocado estranho. Mas isso tem pano para mangas... 

Há algum tempo começou a "embirrar" com os meus comentários. Algumas vezes mandava-me emails a dizer que não podia publicar um comentário meu, pois o blog era ildo por pessoas muito bem conceituadas e não era adequado lerem aquilo... Eu olhava para o comentário e perguntava-me "Mas o que tem o comentário de errado?"..

A bomba iminente rebentou quando a senhora (hoje não sei se era senhora, se senhor, se uma única pessoa ou mais do que uma) se lembrou de criticar um grupo de pessoas que, de forma genuinamente sentida, lamentavam a morte de uma blogger no próprio blog. Segundo a criatura, as pessoas estavam a misturar o real com o virtual, porque estavam a lamentar no mundo virtual a morte de uma pessoa que  tinha morrido na vida real. Para ser sincera, achei que o discurso não fazia muito sentido. Havia ali qualquer indício de perturbação séria. Então as pessoas não deviam lamentar a morte no blog, sendo que a conheciam do blog e sabiam que tinha falecido?? 

Fiquei estupefacta quando li aquilo. A tão aclamada separação que a autora daquele blog dizia fazer entre o virtual e o real tinha atingido proporções absurdas... Ao ponto de criticar pessoas que, genuinamente , como depois pude comprovar, lamentavam num blog a morte de alguém. Pelas palavras (a meu ver, estranhas) da criatura, a pessoa tinha morrido no mundo real e elas não deviam lamentar a sua morte no mundo virtual.... Achei aquilo muito estranho e enviei como comentário o texto que se segue e que, é pela primeira vez publicado na net... Porque a senhora se recusou a publicar, tendo , no entanto respondido ao mesmo de forma pública, o que, a meu ver é um golpe demasiado baixo.... Das duas uma: ou bem que a senhora publicava o comentário e depois respondia a ele, ou , se optava por não publicar, me respondia de forma privada.... É esta a minha forma de ver as coisas. Parece-me correta. Pois ou as coisas são assunto público ou são assunto privado. 

Bom dia, Maria :)
Eu confesso que se algo me tem afastado progressivamente deste blog é essa separação tão forte que a Maria faz do real e daquilo a que chama virtual, e consequente desprezo por este. Mesmo antes da Maria começar a mostrar má vontade em relação aos meus comentários. Virtual eu chamo aos jogos de playstation ou ao farmville, que têm o seu lugar na vida de algumas pessoas e nem será necessariamente mau, se tivermos em consideração que se trata de entretenimento. Agora... Pessoas a trocar ideias num blog ou conta de Facebook (ai, que horror, essa coisa ...) não considero virtual... Se calhar, às vezes são mais reais do que o que a Maria chama real, mas isso é assunto para outro post.. já me estou a desviar do tema e isso é coisa para o mundo real :D ... Senão tenho que considerar virtual a minha relação com o meu filho, com quem falo todos os dias por videochamada, mas que não vejo desde Agosto. Senão também tenho que considerar que real é apenas um grupo de bêbados numa mercearia que funciona tipo tasca.

Então as pessoas fizeram mal em manifestar o pesar pela morte da senhora da única forma que podiam?? ai, Maria, desculpe, mas isto não é virtual nem real, isto é surreal. Pelo amor de Deus! Por mais que a Maria ache estranho, não são robots que estão por detrás dos perfis de Facebook, do blogger, do Twitter. São pessoas. Pessoas que têm sentimentos. Pessoas que podem criar laços de amizade verdadeira e que se preocupam umas com as outras. 

Eu até podia achar que não tem jeito os comentários, tendo em conta que a senhora já não os pode ler... Até porque eu não acredito em nada para além disto...Mas nesse caso também tenho que não achar jeito às dedicatórias nas lápides do cemitério, as visitas ao referido espaço, as dedicatórias nos ramos de flores e tudo isso. Mas sei que as pessoas têm esse costume. Ora, as pessoas , de forma genuína, sentindo tristeza pela morte da senhora, manifestaram-na da forma que podiam... E isso é para censurar?? Sinceramente, não me parece. Pelo contrário. 

Já agora, posso referir que , se tivesse um familiar que morresse e que tivesse um blog onde as pessoas se manifestassem assim, ia gostar. Mas isso sou eu, que acredito que estão pessoas do outro lado, que não são robots..

Boa semana :)

Este comentário, repito, não foi publicado pela senhora. No entanto, a senhora fez questão de me dar uma resposta pública, que também passo a transcrever 





São, lamento mas não vou publicar o seu comentário pelas razões mais do que óbvias, nem sequer vou aprofundar o óbvio. Deixe-me que lhe diga que sempre a recebi bem aqui no blog. Deixei que fizesse publicidade ao JRS. Deixei que fizesse publicidade ao LPN. Li emails seus, longos, quando desabafava sobre a sua vida, respondi quase a todos mesmo quando o cansaço, à noite, quase me impedia de o fazer. Dei-lhe sempre força em relação ao seu filho. Cheguei, inclusive, embora não saiba, a escrever para alguém com algum poder nisto de ajudar problemas iguais ao seu para ver se a conseguiam ajudar. Entretanto a paga que tenho é um certo rancor do seu lado com comentários que pretendem arrasar alguém que nem sequer conhece pessoalmente. Por mim, chega, existem muitos blogs por aí na blogosfera, muitos blogs que pode visitar, onde pode comentar da forma que mais lhe agradar, eu, pelo meu lado não me posso dar ao luxo de ter alguém que passa para este blog e para as pessoas que o lêem más energias. Lamento. Seja feliz. Cuide si e, sim, tente desligar-se um pouco do mundo virtual e viva no mundo real, vai ver que muita coisa muda, para melhor)

Ora, na minha maneira de ver as coisas, o que a senhora fez foi demasiado baixo, pois, volto a repetir: ou publicava o comentário e me respondia, de forma publica, o que era justo. Ou, ao não publicar, optava por me responder de forma privada. Foi isso que lhe disse em seguida. 

A quem interessava esta resposta? Ainda mais sem haver comentário? Qual era a intenção da pessoa? Seguiu-se um enxovalhamento PÚBLICO de dimensões que eu jamais tinha imaginado. Eu apenas dizia "Mas então, se me reponde de forma pública, publique também os meus comentários", senão parece que está a falar sozinha. Nada. A senhora insistia em publicar respostas a comentários que não publicava, deturpando as minhas palavras, inventando outras, fazendo de tudo um drama enormíssimo. Dizia que um amigo que tinha acesso ao blog a estava a proteger dos meus terríveis comentários. Chegou ao ponto de dizer que eu andava na net à procura de cambalhotas e que lhe tinha mandado um email "com um nome inventado de um homem".... Por acaso , sei quem lhe escreveu, e, posso garantir que foi um homem. A pessoa, aliás, um amigo meu, que lia o blog , e que não achou piada a haver respostas a comentários que não existiam, não gostou nada de ser confundido com uma mulher. Dizia que eu estava completamente descompensada (é hábito do ser humano, quando se sente atingido, dizer que os outros estão doidos) quando eu apenas dizia que ou a discussão era pública ou era privada. O que não estava certo era ela publicar respostas a comentários que não eram publicados. Era esse o ponto em que eu me focava. Apenas. Perguntei-lhe, várias vezes, a quem interessava o que escreveu naquela resposta. 

Foi aí que percebi que a senhora que dizia que eu estava descompensada estava para lá de descompensada (aliás, uma pessoa que escreve que as pessoas não deviam lamentar num blog, que é virtual, a morte de uma pessoa real, não pode estar bem). 

PORÉM, O QUE MAIS ME CHOCOU, OU A ÚNICA COISA QUE REALMENTE ME CHOCOU, FOI VER AS PESSOAS QUE A SEGUIAM DIZER QUE ELA ESTAVA COBERTA DE RAZÃO, QUE QUEM ESTAVA DO OUTRO LADO ERA COBRAS E LAGARTOS, QUANDO NÃO TINHAM LIDO NADA DO QUE EU ESCREVI, ATÉ PORQUE A SENHORA NÃO PUBLICOU... (atenção que há um dos seguidores que por razoes de que não vou falar, não me admira que tivesse procedido assim... Mas os outros... Please)

E eis que poucos dias depois a senhora veio, pela ENÉSIMA vez ao blog dizer que ia acabar com ele, pois queriam destruí-la, encenando uma autêntica tragédia grega, na qual eu era a grande carrasca.... Foi por essa altura que escrevi o post anterior sobre a moderação de comentários , contra a qual sou. 

Não, não é um comportamento do mundo virtual. É um comportamento do ser humano Há pessoas que seguem outras como ovelhas que seguem o pastor. Não questionam. Não põem em causa seja o que for que a outra pessoa diga.... Se foi aquela pessoa que disse, está certo... São ovelhinhas seguindo o pastor, simplesmente. 

Comentários

  1. Por obra do acaso vim dar a este post. Nem por acaso a Maria fez-me exactamente o mesmo. Pediu-me uma entrevista, lá lhe dei a malfadada da entrevista e eis senão quando a criatura desatou a dizer mal de mim nos comentários. Quando lhe respondi não me publicou os comentários embora tivesse respondido a todos eles, deturpando-os e insinuando que eu a estava a ameaçar. Depois disso andou meses a falar de mim no blog, que a ameaçava, que lhe queria acabar com o blog e mais um sem número de cretinices. Que me recorde o nome dela nunca surgiu no meu blog.
    É uma idiota a querer palco, essa Maria Madeira.

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    Respostas
    1. Obrigada pelo seu comentário :)
      Eu quer me parecer que há ali um distúrbio qualquer. Tem que haver. Fico sempre com essa convicção quando as pessoas fazem coisas destas sem ganharem absolutamente nada com isso... Ela é, visivelmente, uma pessoa amargurada... Não ultrapassou a morte da mãe, há ali um divórcio que parece que também deixou marcas, enfim... Não que isso sejam coisas que tornem à partida a uma pessoa má, mas às vezes acabam por perturbar a nível emocional e causar distúrbios.

      Eu tenho uma vaga ideia dessa altura da entrevista. Logo a seguir ela veio com essa história, como já tinha vindo outras vezes antes. Mas nunca vi nada que desse credibilidade Às palavras dela. Uma pessoa que estivesse com a razão do seu lado, mostraria provas no sentido de "Vêem? Está aqui!".. Mas não, era sempre só a palavra dela.Quando é assim dá mesmo vontade de dizer "Olhe, das duas uma: ou mostra as provas de que isso aconteceu, ou não fala disso publicamente"... Porque da forma como ela fazia torna-se num não assunto, que na verdade é o que era: ninguém quis alguma vez acabar-lhe com o blog... Também não sei por que carga de água alguém iria querer acabar com o blog da criatura... Com que interesse?

      Mas o que me faz mais confusão é haver ali 4 ou 5 pessoas que acreditam piamente no que ela diz e a seguem como cachorrinhos. É isso que me mostra mais como as pessoas são ingénuas e se deixam levar por meia-dúzia de palavras... Não houve ninguém que dissesse "Mas mostre lá o que a pessoa disse".... Quer dizer, se calhar até houve, só que ela não publicou. Por isso é que o meu blog não tem nem nunca terá moderação de comentários. É uma postura minha. Eu sempre tenho que os ler, portanto, se achar que não merecem estar publicados, logo os apago... Se me ofenderem eu sempre leio na mesma, ao não publicar só impediria os leitores de saberem de tinha sido ofendida..De resto, não fica nada por publicar. Se tiver que me defender, defendo-me de algo que lá está...

      Não fomos as únicas vítimas dessa criatura. Ela de vez em quando vinha com a mesma conversa, mas o certo é que nunca se via nada dito por mais ninguém a não ser por ela!

      E as artimanhas que usou por fim mostraram desequilíbrio. Já era um amigo que lia os comentários e que não a deixava ler por serem tão ofensivos, quando sempre tinha dito que o blog era dela e que mais ninguém lá "mexia"...

      Enfim, uma pessoa desequilibrada tentando parecer equilibrada é o que é essa Maria Madeira... Há muitos por aí... Terem quem os siga como ovelhas atrás do pastor é que é mais preocupante.

      Mais uma vez, obrigada pelo comentário. Boas Festas :)

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