Delírios interiores... E secretos, que assim devem ficar

Pela nossa vida fora somos atacados por paixões. Não só pelas paixões na sua "versão" mais elementar, mas paixões por coisas, por atividades, por pessoas (não no sentido de homem ou mulher, mas simplesmente pessoa), por sentimentos, por aquilo que nos apaixona. Coisas íntimas. Coisas nossas. Coisas secretas. Sentimentos tão bonitos e tão próprios que jamais deviam ser partilhados fosse com quem fosse. SÃO NOSSOS. Mas por vezes, por mais que escondamos essas "paixões" (eu chamo-lhes assim, acho giro) de quase toda a gente, achamos tão bonito o que sentimos que há uma ou outra pessoa com quem nos sentimos à vontade para falarmos delas... Talvez porque achamos que a pessoa nos compreende... Talvez porque achamos que a pessoa tem "paixões" semelhantes às nossas... Mas é um erro... Há sentimentos próprios que jamais se devem partilhar... Só num momento de despedida... Tive um professor que tinha a fantasia de ser maestro... Frequentemente fechava-se no quarto e, de batuta na mão, com uma sinfonia a tocar, esbracejava e vibrava, imaginando-se a dirigir uma orquestra... Só nos contou isso no último dia de aulas... Porque era do outro ponto do país, ia-se embora (assim é a vida de professor) e o mais provável era nunca mais nos ver... Caso contrário, nunca teria contado... Mas por vezes caímos no erro de contar... E depois temos dissabores... Sentimo-nos ridículos e parvos... Não teria sido melhor se tivessemos pensado duas vezes? Teria, mas como dizia a minha mãe, o Mais Valia era um fulano que vinha sempre atrás...

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